sábado, 23 de agosto de 2008

De verdade, verdade mesmo??



Demorei um pouco eu sei, mas é que as feridas não fecharam só abrem mais e mais. Tá difícil confiar em alguém. Nos três dias... Ao me tirarem as unhas os dedos também foram levados, não pensei que doeria tanto. Dói, sufoca, engasga. Tentei desistir, não consegui. Enfiei outras coisas garganta abaixo pra ver se o mal-estar ia embora e foi, mas voltou nos três dias. È duro ver seu espaço preenchido inutilmente por outras... Outros... Barulhos. Deve ser essa a palavra dos três dias: barulho. Três tipos de barulho que se juntavam na minha cabeça e formavam algo do tipo... Sei lá, mas a cabeça dói, até parece que as dores do frio e do sono não eram suficientes. Não sou simpática e nem quero tentar ser, mas fui. Horários não cumpridos, já nem me importava mais, só queria ir embora e deixar de lado o: ”Nossa vocês tem um stand!!”. E o coração sufoca. Personagens faziam por mim o que eu não queria. “Dê um mosh! Pule sobre o público!” (três pessoas) isso deveria ser engraçado, acho que machuquei alguém. Fotos. Não queria me ver no primeiro dia. Nem no segundo. No terceiro: “Você ta bem?”. Eu estava, é só que às vezes tudo sufoca. E quando acordei era a vez do outro personagem. Os pés e pernas não obedeciam, nem eu tinha força pra lutar contra. O riso tomava conta do meu rosto, esses não são meus olhos, mais uma máscara. Fotos: precisamos de registros!!! Eu só queria apagar.

4 comentários:

meL disse...

Foi como se todo aquele lugar tivesse se transformado naquela caixa transparente e todos nós estivéssemos em exibição.

Juão disse...

é homem ou mulher?????????
vc vai entender amiga ^^

Anônimo disse...

"Uma garotinha foi ficando cada vez mais paralisada por causa das brigas frequentemente violentas de seus pais. Às vezes ela ficava horas no banheiro em pé e completamente imóvel, simplesmente porque era lá que por acaso ela estava quando a briga começava. Por fim nos momentos de calma, ela começou a pegar garrafas de leite da geladeira ou da porta de entrada e as deixar em lugares onde mais tarde ela poderia ficar presa. Seus pais não conseguiam entender por que achavam garrafas de leite azedo espalhadas pela casa toda." (Sarah Kane)

Josie Pontes disse...

isso é normal...