... as palavras se perdem, as idéias desbotam, os segundos deslizam pelas horas. Imagens mais ou menos confusas e utópicas transformadas em pensamentos aterradores. É que o sol já desponta no horizonte. É que certas coisas não foram transcritas. Outras foram ditas na hostilidade insone de madrugadas que não descansaram no sono. Uma certa névoa paira sobre as cabeças. Bocas abertas em busca do fluido gasoso, transparente e invisível. É que os pássaros irão se calar em breve. A erva daninha já não espera pela chuva. As fezes já não exalam o mau cheiro do jantar. A música toca muito baixo. Eles dormem. Silêncio. O desespero em busca do fluido gasoso, transparente e invisível. Estátuas que respiram. Imobilidade inconstante. Cada um no seu lugar ermo e distinto. A espuma branca já escorreu pelo cano. Continuo na minha vigília permanente. É que enquanto eles dormem as palavras vão se perdendo, as idéias desbotanto, os segundos deslizando pelas horas...
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