Cá estamos nós de novo. Passando outro dia. Encontros, palavra atrás de palavra. Com outras coisas se escondendo nas próprias palavras. Cada dia, outro contato, outro toque. Outra tentativa e outros momentos de falha. Outros momentos nos quais não se pode falar. Entrelinhas. Detalhes. Pequenos fatos. Definitivos, escolhidos a dedo. Aleatórios em sua importância. Falhos. Inexpressivos. Cruciais.
Mas ninguém morreria sem eles.
Talvez eles não fizessem falta.
Isto é um ponto, isso é necessário. Você dá pontos em sua vida. Define, abre, fecha. Chega a lugares, olha pra trás, vê o que conseguiu e enxerga só o que quer ver.
Enxerga a trilha que ficou.
Tudo deixa um rastro, apesar das pessoas terem escolha. Tudo é perdoável. Nada funciona de forma simples, mas você tem se atirar no vazio do outro se você quiser alguma coisa, qualquer coisa.
Qualquer coisa.
Qualquer ato.
Um toque. Uma palavra.
Um movimento. Vários movimentos. Tudo segue. Nada vai esperar você se recuperar, então segue em frente.
Continua, continua.
Uma hora isso tem que parar. Mas ainda não. Vai.
Estende a mão.
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2 comentários:
Continua.
[?]
Não pára ainda.
Então vai de novo. Um novo encontro e nós vamos afundar as pernas em lodo outra vez. Nós vamos, outra vez e outra vez, esfolar os pés e os joelhos. Mais uma vez cair e quebrar os ossos, mas tudo é auto-recuperável. Então não pára ainda. Os ossos, os tecidos, a mente. Isso tudo é auto-recuperável. Embora a exaustão permaneça. Eu estou cansada e não sei o que me faz continuar.
"O que você dá aos seus amigos para que eles te apoiem tanto?"
O que você dá pra qualquer pessoa, pra que ela continue ao seu lado? O que faz com que qualquer pessoa continue ao lado de outra?
"Mas você tem amigos"
Há uma força que me puxa para o centro. Eu sempre caio de joelhos. Existem duas forças puxando os meus braços para lados opostos. Mas meu corpo não se rompe. Ele nunca se rompe. E eu peço pra parar, mas nunca pára.
Por favor, estende a mão.
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