sexta-feira, 11 de abril de 2008

É que as pessoas simplesmente morrem...

Acho que o processo de excreção que iniciamos na nossa primeira apresentação ainda não terminou, e será que terá um fim?
No primeiro workshop realizado no dia 10 de abril deste ano ministrado por André (amigo, colaborador e presença essencial no grupo) foi um processo árduo, exaustivo, tanto fisicamente como psicologicamente. Entrar em contato com os seus limites, reconhecê-los, ultrapassá-los ou não... E aí é que vem o momento que suas forças são testadas, suas fraquezas são expostas para si mesmo e para terceiros.
Com o esgotamento físico ficam apenas todos os seus "Eus" falando em sua cabeça, por mais que você esteja repetindo uma frase continuamente, cada vez mais rápido, mais rápido, mais rápido, mais rápido, mais rápido, mais rápido, mais rápido, mais rápido, mais rápido, mais rápido... E tudo perde o sentido: o que você diz já não é exatamente uma frase que diz alguma coisa, são apenas palavras, letras unidas numa ordem qualquer. Então vêm as lágrimas. O motivo não se sabe ao certo. Elas vêm e pronto. Seja porque alguém ao seu lado esteja chorando e você não entende o porquê, seja porque alguém ao seu lado esteja rindo e você sabe o porquê.
Quando não se sente mais a dor física, quando o seu corpo se anula enquanto personificação do seu EU, tudo aquilo que se esconde durante a sua jornada cotidiana vem à tona e começa a gritar dentro da sua cabeça, o peso morto, o único peso que ainda se sente do seu corpo.
Desistir é sempre uma opção possível, mas é aquela que você não quer escolher. Você está ali por livre e espontânea vontade, é o seu corpo, porém aquela voz de comando que chega até os seus ouvidos toma conta e não se pode mais ter escolha, você apenas obedece, e continua, continua, continua...
No fim, todos estão ilhados ao redor de suas poças de suor e/ou de lágrimas.

2 comentários:

Catarina Alice disse...

Foda.

Beto_Leite disse...

Muito bom!

mesmo!mesmo!mesmo!mesmo!mesmo!

=D

clapt!clapt!clapt!clapt!