As poucas semanas em que estivemos em processo de montagem ora pareciam uma eternidade, ora parecia passar muito rápido. Foi um processo muito intenso física e psicológicamente: muita coisa pra ser resolvida em pouquíssimo tempo além do treinamento, em alguns casos, diário.
Chegado o grande dia, fizemos questão de chegar cedo ao local para que pudéssemos dar conta da cenografia, que não organizamos antes por problemas com a disponibilidade do espaço. Mesmo com todos do grupo e o pessoal do apoio envolvidos no trabalho, terminamos a arrumação em cima da hora e apenas tivemos tempo de almoçar e nos preparar para entrar em cena.
Apesar de toda a ansiedade, a primeira performance em grupo para mim foi muito proveitosa e extremamente improvisada já que, por motivos de ordem técnica, não pude desenvolver a partitura programada. Mas foi espantosa a maneira como a música utilizada (que não me agradava) guiou minha movimentação que foi uma espécie de experimentação da nova possibilidade.
Fiquei extremamente preocupada e nervosa com o que aconteceu com Catarina (vide título), o que de certa forma me afetou nas demais performances, mas que foi apenas uma das barreiras encontradas pelo grupo durante o evento e que foram superadas de acordo das possibilidades.
Houve uma certa rejeição por parte do público com relação ao que estava sendo mostrado, pude experimentá-la mais intensamente em minha peformance: "Por Dentro". Bem, a primeira pergunta a ser feita é cadê a galinha? È fato que que houveram várias intervenções de pessoas do grupo e do apoio, umas incentivavam enquanto outras pediam que eu não a utilizasse. Eu não tive coragem de utilizá-la na performance por vários fatores, mas o mais decisivo foi a falta de uma atmosfera favorável além de estar muito nervosa o que poderia atrapalhar na hora da performance. Desci as escadas com as mãos amarradas por uma fita de cetim branca que formava um laço, bastava puxar a ponta da fita que minhas mãos se soltariam, cheguei ao local escolhido quase que despercebida e foi despejado o sangue (cenográfico) em meus pés. Tentei por vezes desamarrar minhas mãos e passava por entre as pessoas,inclusive conhecidos, com os braços estendidos esperando que alguém as desamarrasse (era apenas puxar a ponta da fita!) em todas as vezes as pessoas me olhavam com desdém, algumas faziam piadas outras simplesmente nem olhavam, por entre essas pessoas havia uma (apenas uma) que estava acompanhando a performance. Já estava me angustiando com a rejeição quando ela começou a desamarrar minhas mãos, depois de solta tive apenas um impulso: abraçá-la. Não pensei que seria tão marcante pra mim, foi como se retomasse sensações muito antigas e inesplicáveis além da sensação de rejeição.
Entre mortos de cansaço e literalmente feridos salvaram-se todos, inclusive a galinha!
(Disfundorinha tornou-se a mascote do DISFUNCTORIUM!)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
E eu avisei: mata essa galinha ora!!!!!!
Um desperdício de pena! Afe!
Ok ok, Disfundorinha na área, vamos ver até qual idéia de alguém ela sobrevive.
Aposto três meses!
E Chrys, "inesplicáveis" mesmoooooooooooooooooooo!!!!!!!!!
Nem o dicionário da língua portuguesa explica. Fica-a-dica-!
=x
=*****************
Ver uma galinha morrer ainda me choca!
Mas não vou virar vegetariano!
MORTE A GALINHA!
MORTE A GALINHA!
MORTE A GALINHA!
Demorei 10 minutos da minha vida salvando a vida da galinha, nada como um sermão certo na hora certa....
Eu salvei a disfunctorinha!!!!
Kalindra
Sempre salvando vidas....
Faço de Disfundorinha as palavras de Mel: "Minha heroína!"
Vida à galinha!!
Morte ao Português!!!
Postar um comentário